terça-feira, 9 de junho de 2015

Maria de Jesus ( Cadima, 1810 / Palmela, 1859 )

Maria de Jesus nasceu na Gesteira, freguesia de Cadima, em 1810; atualmente, este lugar integra a freguesia de Sanguinheira, também no concelho de Cantanhede. Foi filha de José Gonçalves Valente e de Eufémia de Jesus; foi neta paterna de Manuel Jorge Valente e de Isabel do Espírito Santo, do lugar do Grou da mesma freguesia; foi neta materna de avós incógnitos.

Assento de batismo de Maria de Jesus, minha 4ª avó
Casou com Joaquim Ribeiro, também designado por Joaquim Ribeiro Silvério e, mais tarde, nos registos paroquiais referentes aos casamentos dos filhos e aos batismos dos netos, igualmente nomeado como Joaquim Ribeiro Quendera, em Janeiro de 1832, na Igreja de Cadima.

Casamento de Joaquim Ribeiro e Maria de Jesus, em Cadima

No ano seguinte nasceu a sua primeira filha, Maria, no lugar das Berlengas da freguesia da Tocha, onde passou a morar. Maria de Jesus teve mais seis filhos, todos nascidos nas Berlengas e batizados na Igreja de Nossa Senhora da Tocha. O seu último filho, Joaquim,  nasceu em 1850.

Joaquim, último filho de Maria de Jesus
Não voltamos a ter notícias de Maria de Jesus até à data do seu falecimento, em Fevereiro de 1859, no lugar da Fonte da Vaca da freguesia de Palmela. Desta forma, concluímos que a sua chegada a esta região, na companhia do marido e dos filhos,  se fez entre 1850 e 1859

Maria de Jesus, casada com Joaquim Quendera,  faleceu em 1859

Tal como no assento de óbito de Rosa Jorge ( 1858 ), se verifica um lapso relativamente à morada da falecida, neste registo nota-se um desconhecimento no que diz respeito ao apelido de Maria de Jesus, o que não compromete de forma alguma a autenticidade do mesmo, uma vez que é identificado o nome do marido e o local da morada. Esta omissão do apelido reforça a ideia de que esta nossa antepassada se encontrava há pouco tempo na zona, uma vez que nesses anos eram extremamente vulgares as imprecisões dos dados paroquiais relativas aos " caramelos " recém-chegados à freguesia de Palmela, que os párocos ainda não conheciam bem.  Aliás, observa-se uma divergência enorme entre os registos paroquiais da região gandaresa, nos quais geralmente o pároco conhece muito bem todos os seus paroquianos e as respetivas famílias ( inclusivamente, por vezes conhece a identidade dos pais incógnitos não assumidos publicamente ) e os registos paroquais da região caramela  referentes às épocas de chegada massiva deste povo, os quais muitas vezes manifestavam descuidos, desconhecimentos e incorreções nos dados dos paroquianos. Concluindo, tudo indica que Maria de Jesus tenha chegado no âmbito da colonização posta em prática na área de Pinhal Novo por José Maria dos Santos.







Sem comentários: