António Jorge Delgadinho, também conhecido por António Vilão ( a alcunha vilão/viloa encontra-se associada a esta família desde o século XVIII, ), nasceu no lugar da Fervença, freguesia de Cadima ( concelho de Cantanhede ) em 1839; foi filho do segundo matrimónio de Manuel Jorge Delgadinho e do primeiro de Maria da Costa ( também identificada por Maria Cardosa ), ambos naturais da freguesia de São João Baptista, Tocha; foi neto paterno de Manuel Jorge Delgadinho e Mariana Jorge, do lugar da Tocha; pela parte materna, foi neto de Manuel Cardoso e Sebastiana da Costa, dos Catarinões da freguesia da Tocha.
António Jorge Delgadinho, meu trisavô, nascido em 1839 |
Ficou orfão muito cedo: a mãe faleceu em 1850 e o pai em 1854, na Fervença. Em 1865, contraiu matrimónio com Luisa de Jesus, na Igreja Paroquial de Palmela, sendo morador no lugar da Fonte da Vaca. É muito provável que já vivesse nesta região há algum tempo, uma vez que as migrações em grupos familiares eram frequentes e as suas irmãs já se encontravam nesta região na década anterior: Isabel de Oliveira ( casou em 1854 com Manuel Rodrigues Meão, do qual enviuvou, e em 1855 com José Agostinho, em Palmela ); Ana da Costa ( casou em 1859 com António Azenha em Palmela ). Verifica-se ainda a existência de um outro irmão, José Jorge Delgadinho ( casou com Maria Jorge em 1871, em Palmela ).
António Jorge Delgadinho e Luisa de Jesus, em 1865.
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À data da sua morte, António Jorge Delgadinho era rendeiro de José Maria dos Santos, ao qual pagava de renda 6.000 réis anuais; faleceu em 1877 no Hospital Real de São José, em Lisboa, deixando 5 filhos menores, as benfeitorias de uma fazenda, na sesmaria da Venda do Alcaide, uma casa de adobe em mau estado, um jumento preto e uma dívida de 72.000 réis.