quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Luisa Francisca Gomes ( Inácios -Tocha, 1836 / Local desconhecido, 1892 )

Luísa Francisca Gomes, também conhecida por Luísa Gomes Sanheiro, nasceu no lugar dos Inácios da freguesia de Nossa Senhora da Tocha ( Coimbra ) aos doze dias do mês de Julho de 1836, filha de Joaquim Gomes e Isabel Francisca; foi neta paterna de Ubaldo Gomes e Maria Gomes, do referido lugar dos Inácios; neta materna de avô incógnito e de Maria Francisca, solteira da Tocha. Foi batizada na Igreja de Nossa Senhora da Tocha aos vinte e quatro dias do mesmo mês e foram seus padrinhos Manuel, filho de Manuel Jorge Cheirozo dos Inácios e Maria, filha de Manuel de Almeida da Queixada da Rapoza.


Luisa Gomes Sanheiro, minha trisavó, nasceu na freguesia da Tocha

Luísa Gomes Sanheiro chegou à freguesia de Palmela  ( Setúbal ) na década de 1850, juntamente com a mãe e os irmãos, após o falecimento do pai, em 1855, na freguesia da Tocha. Aos nove dias do mês de Maio de 1859 casou com António Gomes Nogueira de Faria, na Igreja Paroquial de são Pedro de Palmela.

Luísa Francisca casou com António Gomes Nogueira em 1859

No ano seguinte, nasceu Manuel, o primeiro filho de Luísa Gomes, cujo assento de batismo revela que os pais eram moradores no lugar da Carregueira da freguesia de São Pedro de Palmela.

Manuel, primeiro filho de Luísa Gomes, nascido em 1860

O assento de batismo de Jacinto, segundo filho de Luísa Gomes, nascido em 1862, designa o Pinhal Novo como local de morada da família.

José nasceu em 1864 e faleceu em 1876

José, que teve o triste destino de morrer com apenas doze anos, foi o filho que se seguiu, tendo nascido em 1864 e falecido em 1876.

Assento de batismo de José

Assento de óbito de José

O meu bisavô Joaquim Nogueira de Faria foi o quarto filho de Luísa Gomes, tendo nascido aos seis dias do mês de Setembro de 1867 no lugar da Cascalheira ( Pinhal Novo ).

Joaquim Nogueira de Faria, meu bisavô, nascido em 1867

Após esta data, Luísa Gomes teve outros cinco filhos ( embora não descarte a existência de outros, os referidos aqui são apenas aqueles cuja existência posso comprovar documentalmente ). Assim, aos treze dias de Setembro de 1871, a mãe do meu bisavô Joaquim Nogueira de Faria deu à luz António e, no mês Janeiro de 1874, duas crianças gémeas do sexo feminino, uma das quais faleceu poucos dias depois, ainda sem nome. A gémea sobrevivente foi batizada com o nome de Maria no mês de Abril seguinte, tendo casado com o nome de Maria Francisca Gomes.

Óbito de recém-nascido do sexo feminino,
filha de António Faria e Luísa Francisca






Aos onze dias do mês de Julho de 1876Luísa Gomes foi mãe de mais uma criança de sexo masculino, que nasceu menos de mês antes da morte do seu irmão José Nogueira de Faria e veio a ser batizado posteriormente com o mesmo nome.



Finalmente, aos dezanove dias do mês de Novembro de 1878 nasceu Joaquina, a qual penso ter sido a última filha de Luísa Gomes e em cujo assento de batismo a sua mãe aparece pela primeira vez identificada como Luísa Sanheira; foi também a única filha nascida no lugar dos Arraiados, onde permanecem muitos descendentes desta família.


Joaquina, nascida a 19 de Novembro de 1878

Apesar de não ser conhecido, até à data, o assento de óbito de Luísa Francisca Gomes, também conhecida por Luísa Gomes Sanheiro ou Luísa Sanheira, existe no Arquivo Distrital de Setúbal um Inventário Obrigatório, no qual o seu nome é titular e referente ao ano de 1892, o que sugere que a sua morte ocorreu nesta altura, uma vez que o marido António Gomes Nogueira de Faria faleceu em 1905, no estado de viúvo.





sábado, 31 de dezembro de 2016

Maria Jorge ( Escoural - Tocha, 1827 / Fonte da Vaca - Palmela, 1868 )


Esta é a terceira Maria Jorge com que me deparo nas minhas buscas pelos antepassados Caramelos; embora não seja minha ascendente direta, pois é irmã do meu trisavô José Agostinho, muitos dos seus descendentes fazem parte da minha família e amigos, o que motivou o meu interesse pela elaboração desta biografia.


Maria Jorge nasceu aos nove dias do mês de Julho de 1827 no lugar do Escoural da freguesia de São João da Quintã ( Tocha ), Izento do Real Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra; foi filha legítima de Agostinho Loureiro e de Josefa Jorge; foi neta paterna de avós incógnitos e materna de Manuel da Costa Tabanês e de Rosa Jorge. Foi seu padrinho Maurício, filho de António da Costa das Povoeiras desta freguesia; a sua madrinha foi Maria, filha de Teodósio Loureiro ( em casa do qual quem Agostinho Loureiro cresceu ), do Escoural desta freguesia.

Maria, nascida em 1827 na freguesia da Tocha
Maria Jorge terá chegado à freguesia de Palmela muito jovem, uma vez que em 1839 a sua irmã Ana, nascida no lugar da Carregueira, foi batizada na Igreja Paroquial de São Jorge de Sarilhos Grandes, sinal de que a família já se tinha fixado nesta região.


Em Novembro de 1849, sendo ainda solteira, foi mãe de uma criança do sexo feminino, batizada em perigo de vida pelo Reverendo da Igreja Paroquial de Sarilhos Grandes, que lhe pôs os " santos óleos " aos seis dias de Janeiro do ano seguinte. Esta menina, batizada com o nome de Maria, foi filha de pai incógnito mas reconhecida mais tarde como filha de José Berto ( ou José Bértolo ), que casaria com a sua mãe nesse mesmo ano de 1850.

Maria, filha ilegítima de Maria Jorge, que veio a casar com José Jorge Delgadinho,
irmão do meu trisavô António Jorge Delgadinho

Aos sete dias do mês de Agosto de 1850, José Berto ( apelido igualmente também grafado como Bartholo, Bértholo e Bértolo), natural da freguesia de Arazede, concelho de Montemor-o-Velho, filho de Manuel Gomes Bartholo e de Maria da Cruz casou  com Maria Jorge; foram testemunhas deste matrimónio Joaquim Cabete, viúvo, morador na freguesia de Sarilhos Grandes, e Manuel Cantante, solteiro, morador na Quinta do Afonsoeiro, freguesia de Aldeagalega.


Casamento de José Berto e Maria Jorge, em 1850
Apesar da convicção da existência de mais filhos de Maria Jorge e José Berto, até à data apenas encontrei registos referentes a outros três, todos na Paróquia de São Pedro de Palmela; o primeiro, José, foi batizado aos dezassete dias de Maio de 1855 na Igreja de São Pedro de Palmela e teve como padrinhos os tios maternos José Agostinho ( meu trisavô ) e Ana Jorge.


José Berto nasceu aos seis dias de Abril de 1855; veio a casar
com Ana Emília
Ana nasceu no segundo dia de Janeiro de 1857, tendo sido batizada no mês de Março do mesmo ano; teve igualmente como madrinha a tia materna Ana Jorge e o padrinho foi José Fernandes.

Ana Jorge nasceu aos dois dias de Janeiro de 1857

Finalmente, encontrei um registo do óbito de um filho recém-nascido de Maria Jorge e José Berto, sem nome mas batizado em perigo de vida,  falecido aos 23  de Dezembro de 1867, com quinze dias de idade.


Óbito do filho recém-nascido de Maria Jorge, em 1867

Maria Jorge, natural da freguesia da Tocha do Bispado de Coimbra, viúva de José Berto,  filha de Agostinho Maltez ( nome pelo qual era conhecido o pai, Agostinho Loureiro, por ter sido trabalhador maltês ) e de Josefa Jorge, faleceu aos oito dias do mês de Outubro de 1868 no lugar da Fonte da Vaca da freguesia de Palmela onde era moradora; recebeu os " Sacramentos da Santa Madre Igreja Católica Romana ", deixou filhos menores e foi sepultada no Cemitério de São Pedro.



Maria Jorge faleceu em 1868, no lugar da Fonte da Vaca



sábado, 10 de dezembro de 2016

Luisa de Jesus " a Quendera " ( Berlengas - Tocha / 1840 )

     Luisa de Jesus nasceu no lugar das Berlengas da freguesia da Quintã, no dia 5 de Dezembro de 1840, tendo sido batizada aos vinte dias do mesmo mês na Igreja de Nossa Senhora da Tocha. Os seus pais foram Joaquim Ribeiro e Maria de Jesus, moradores no mesmo lugar. Foi neta, pelo lado paterno, de José dos Santos Lourenço ( avô ilegítimo ) e Bernarda da Cruz, do mesmo lugar das Berlengas; foi neta, pelo lado materno, de José Gonçalves Valente e Eufémia de Jesus, do lugar da Gesteira, freguesia de Cadima deste mesmo Bispado de Coimbra.

Luisa, minha trisavó, nascida na Tocha em 1840

     Luisa de Jesus chegou ao lugar da Fonte da Vaca, na freguesia de Palmela, ainda jovem; aos dezasseis dias do mês de Novembro de 1865, pouco antes de completar 25 anos, contraiu matrimónio com António Jorge Delgadinho na Igreja de São Pedro de Palmela; os padrinhos do enlace foram António Azenha, cunhado do noivo, e José Ribeiro Quendera, irmão da noiva.


Casamento de Luisa de Jesus com António Jorge Delgadinho, em 1865

     Precisamente um ano depois, no dia 16 de Novembro de 1866. nasceu e faleceu, com apenas uma hora de vida, o seu primeiro filho, ao qual foi dado o nome de Manuel

Manuel, primogénito de Luisa de Jesus, faleceu
com apenas uma hora de vida

     No entanto, entre 1868 e 1876, Luisa de Jesus foi mãe de pelo menos cinco filhos, os quais atingiram a idade adulta e tiveram descendência: Maria de Jesus Quendera ( 1867 ), a única que herdou o apelido Quendera, casou com Manuel Luis da Silva e viveu na Jardia ( concelho de Montijo ); Joaquina de Jesus ( 1871 ) casou com João Lázaro, com o qual viveu na Lagoa do Calvo ( concelho de Palmela ); Manuel Jorge Delgadinho ( 1872 ) casou com Maria Domingues ( Rilhó ), tendo-se fixado na na zona do Forninho / Poceirão ( concelho de Palmela ); Emília de Jesus ( 1875 ) casou com Francisco Branco Pagaime, com o qual viveu na zona do Terrim ( concelho de Palmela ); finalmente, o benjamim, José Jorge Delgadinho ( 1876 ), o meu bisavô, casou uma primeira vez com Ana dos Santos, a qual faleceu precocemente, e posteriormente com Perpétua de Jesus, tendo falecido na casa onde nasceu, no lugar da Fonte da Vaca, num lugar que já se chamou Lagoa da Palha e também tem a designação toponímica de Espinhaço de Cão.

Maria, nascida em 1868
Manuel, nascido em 1872

José, nascido em 1876

     Em Agosto de 1877, Luisa de Jesus enviuvou de António Jorge Delgadinho, que faleceu precocemente e em circunstâncias desconhecidas no Hospital  Real de São José, em Lisboa, deixando-a com cinco filhos pequenos e uma dívida de 72.000 réis, que lhe custaram a perda das benfeitorias de uma fazenda que tinha arrendada a José Maria dos Santos. O Processo relativo ao Inventário de Menores só terá terminado em 1887 e é através dele que ficamos a saber que Luisa de Jesus, a Quendéra, casara no ano anterior com Francisco Marques Piedade, o Catalão, estando o casal a viver na Estrada do Cascalho.


Informação de 24 de Fevereiro de 1887, incluída no Inventário de Menores,
segundo a qual a inventariante Luisa de Jesus, a Quendéra, contraíra
matrimónio em segundas núpcias com Francisco Marques Piedade,
 o Catalão, e residem na Estrada do Cascalho.


     O casamento com Francisco Marques Piedade, de alcunha o Catalão, ocorreu no dia 16 de Março de 1885, na Igreja de São Pedro e Santa Maria da Vila de Palmela; foram testemunhas deste enlace José Maria Ribeiro, trabalhador agrícola, e José Maria Galamba, sapateiro, ambos casados e moradores no sítio do Pinhal Novo desta freguesia. Embora não tenha certezas quanto à localização do local de residência do casal, na Estrada do Cascalho, é muito provável que se trate de um topónimo que hoje se denomina Estrada do Alto do Cascalho, situado na freguesia de Pinhal Novo.


Aos 16 dias do mês de Março de 1885 Luisa de Jesus, viúva de António
Jorge Delgadinho, casou com Francisco Marques Piedade, viúvo de Adelaide Rosa

Localização provável da morada do casal Francisco Marques Piedade
e Luisa de Jesus

     Surpreendentemente, descobri há pouco que Luisa de Jesus, a Quendera, enviuvou uma segunda vez, tendo ainda casado uma terceira vez. De facto, aos 24 dias do mês de Outubro de 1892,  Luisa de Jesus, viúva de Francisco Marques Piedade Catalão, falecido no Hospital de Setúbal em Abril de 1890, contraiu matrimónio, com José Maria Branco, filho de Manuel Branco Pagaime e Henriqueta de Miranda, também ele viúvo e com filhos menores. Foram testemunhas desta união o irmão da noiva, José Ribeiro Quindera, viúvo, proprietário e morador no sítio da Fonte da Vaca, e António dos Santos, casado, trabalhador, morador no sítio da Carregueira.


Casamento de José Maria Branco e Luisa de Jesus

Desconheço, para já, quanto tempo durou este matrimónio e a data do falecimento desta trisavó com uma vida tão difícil, no entanto sabe-se que aos 5 dias do mês de Novembro de 1894, Luisa de Jesus consentiu o matrimónio da sua filha Emília de Jesus, ainda menor ( 19 anos ) com Francisco Branco Pagaime.

Apesar de desconhecer o final de vida desta mulher, deduz-se que terá sido uma força da natureza que lutou corajosamente contra uma existência recheada de atribulações. 





sábado, 13 de agosto de 2016

Ana da Costa ( Fervença, 1836 / Palmela? )

Ana da Costa nasceu no lugar da Fervença, freguesia de Cadima, no dia 4 de Agosto de 1836; foi filha de Manuel Jorge Delgadinho e de Maria da Costa, da Fervença; foi neta paterna de Manuel Vilão ( alcunha da família Delgadinho, que ainda hoje existe ) e de Mariana de Barros ( também conhecida por Mariana Jorge / Mariana Francisca ), da Tocha; foi neta materna de Manuel Cardozo e Sebastiana da Costa, dos Catarinões, freguesia da Tocha; foram padrinhos Manuel Delgadinho ( provavelmente o irmão mais velho, já casado, filho do primeiro casamento do pai ) e Maria de Jesus.

Ana, filha de Manuel Jorge Delgadinho e Maria da Costa

Ana da Costa casou com António Azenha no dia 18 de Julho de 1859 na Igreja de São Pedro de Palmela; o assento de casamento informa que a noiva " foi dezobrigada "( cumpriu a confissão anual ) nesta freguesia na última Quaresma mas nas anteriores o fez na freguesia de Cadima, o que nos permite datar a sua chegada a estas terras durante o ano de 1858. Somos também informados que os pais da noiva eram " ambos já fallecidos ".



Ana da Costa casou com António Azenha em 1859

Ana da Costa viveu no lugar da Fonte da Vaca, onde nasceram os seus filhos; António, nascido em 1864, teve como padrinhos os tios maternos, António Jorge Delgadinho ( meu trisavô ) e Isabel d'Oliveira ( igualmente minha trisavó ).



Ana da Costa enviuvou por volta de 1883 / 1884; embora não tenha encontrado o assento de óbito de António Azenha, a informação é confirmada pelo posterior Inventário de Menores.



Embora até à data não tenha encontrado o assento de óbito de Ana da Costa, é certo que ela no início do século XX ainda vivia na Fonte da Vaca, tendo sido madrinha de uma criança no ano de 1905.


Ana da Costa foi minha colateral, irmã de dois dos meus trisavós; chegou ao território que hoje engloba a freguesia de Pinhal Novo, onde foi rendeira de José Maria dos Santos; foi mãe de vários filhos, alguns dos quais se deslocaram posteriormente para outros lugares do distrito, nomeadamente para a freguesia de São Pedro de Marateca; o apelido Couto, alcunha do seu marido António Azenha " Couto ", foi usado pelos seus descendentes e mantém-se ainda hoje na região, assim como o apelido Azenha.





sexta-feira, 15 de abril de 2016

Manuel Teixeira de Faria ( Arazede, 1833 / Pinhal Novo - Palmela 1908 )


Manuel Teixeira de Faria nasceu em 1833 no lugar dos Bizarros, freguesia de Arazede, concelho de Montemor-o- Velho, filho de António Teixeira, natural do mesmo lugar, e de Isabel Gomes Nogueira, natural do lugar dos Carreiros da freguesia vizinha de Cadima; foi neto paterno de Manuel Teixeira, natural do mesmo lugar dos Bizarros, e de Joaquina de Oliveira, natural da freguesia de Cadima; foi neto materno de Joaquim Mendes e de Teresa Gomes, naturais da freguesia de Cadima.

Manuel Teixeira de faria não foi meu antepassado direto, mas sim colateral, irmão do meu trisavô António Gomes Nogueira de Faria.

Manuel Teixeira de faria nasceu na freguesia de Arazede em 1833

Em 1859, Manuel Teixeira de Faria casou com Maria da Silva, filha de José Carreira e Antónia da Silva, na Igreja Paroquial de São Pedro de Palmela, no mesmo dia em que casou também o irmão António Gomes Nogueira de Faria.

Manuel Teixeira de Faria casou com Maria da Silva em 1859

Manuel Teixeira de Faria faleceu em 1908, no sítio da Cascalheira, no Pinhal Novo, freguesia de Palmela, tendo deixado descendência.





sexta-feira, 11 de março de 2016

Teresa da Silva ( Quiaios, 1784 / ? )

Teresa da Silva nasceu em 1784 no Casal do Camarção, na freguesia de Quiaios, lugar atualmente integrado na freguesia de Bom Sucesso, no concelho da Figueira da Foz; foi filha de Manuel de Oliveira Maluco, natural da freguesia vizinha das Alhadas, e de Eufrázia da Silva, de Quiaiosfoi neta paterna de José de Oliveira Maluco e de Maria Jorge, das Alhadas; foi neta materna de Manuel da Cunha Caceiro e de Teresa da Silva, também das Alhadas.



Teresa da Silva, minha quinta avó, nasceu em 1784


Teresa da Silva casou em 1805 com José Jorge na Igreja Paroquial de Quiaios, onde nasceu a sua filha Maria, três anos mais tarde. Após algum tempo sem indícios desta antepassada, encontramo-la na Moita, onde é batizada a sua filha Antónia, em 1815. Nesta mesma freguesia nasceram ainda Mariana ( 1817 ), Ana ( 1819 ) e, finalmente, Francisca, minha quarta avó, em 1821.


Francisca, minha quarta avó, futura esposa de João Gaspar Caçoete

Continua por descobrir a data e o local de óbito de Teresa da Silva; a última referência  ao seu nome encontra-se no assento de óbito do seu marido, José Jorge, falecido em 1822, na Moita; as buscas pelo seu paradeiro alargaram-se aos registos paroquiais de Alhos Vedros, Sarilhos Grandes, Montijo e Palmela, sem quaisquer resultados. Persiste, no entanto, uma esperança de encontrar o registo de óbito desta minha quarta avó. Para já, o que se sabe, com toda a certeza, é que as suas filhas Maria, Antónia, Mariana e Francisca ( Ana faleceu em criança ) viveram e formaram família no território que integra a atual freguesia de Pinhal Novo.


quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

António de Miranda ( Tocha, 1762 / Palmela, 1825 )

António de Miranda foi baptizado na Capela de Nossa Senhora da Tocha aos dezoito dias de Abril de 1762, com pouco mais de uma semana de vida; foi filho de Manuel Jorge Loureiro e de Estefânia de Miranda, moradores nas Cochadas; foi neto paterno de Manuel Jorge Loureiro e de Maria da Cruz, naturais da freguesia de Cadima; foi neto materno de Manuel de Miranda, natural de Mira, e de Maria Domingues, natural da freguesia da Tocha; foi seu padrinho o tio materno, Nascimento, solteiro; teve por madrinha a tia paterna, Joaquina, igualmente solteira.

António de Miranda, meu quinto avô

Em 1789, casou com Rosária da Cruz; o primeiro filho do casal, Joaquim, foi baptizado na Capela de Nossa Senhora da Tocha, em 1790; o último de que temos conhecimento, Francisco, recebeu o sacramento do baptismo na Igreja de São Tomé, na freguesia vizinha de Mira, em 1803.

Casamento com Rosária da Cruz, em 1789

Em Setembro de 1815, no dia do matrimónio do seu filho primogénito, celebrado na Igreja da Misericórdia da vila de Coina ( concelho de Barreiro ), António de Miranda foi testemunha do casamento de José de Miranda, também natural da Tocha; a ocorrência teve lugar dois anos após a morte de Rosária da Cruz nesta mesma freguesia, podendo assim concluir-se que a família terá chegado a esta região entre 1803, ano do nascimento de Francisco, e 1813, data do falecimento da sua mãe.

Testemunho de António de Miranda, em Coina


António de Miranda, viúvo de Rosária da Cruz, faleceu repentinamente em 1825, na Carregueira, freguesia de São Pedro de Palmela, no entanto foi sepultado na Igreja Paroquial de São Jorge, em Sarilhos Grandes, à semelhança de muitos dos seus conterrâneos, moradores em território de Palmela mas geograficamente mais próximo das igrejas de  São Jorge, em Sarilhos Grandes e  de Nossa Senhora da Boa Viagem, na Moita.

António de Miranda faleceu em 1825 na Carregueira,
hoje pertencente à freguesia de Pinhal Novo

O percurso de António de Miranda testemunha a presença " caramela " nesta região nos inícios do século XIX, revelando que a migração das gentes gandaresas para a região a sul do rio Tejo é um fenómeno muito mais antigo e com uma maior extensão geográfica do que frequentemente se acredita.