Manuel Gomes Sanheiro nasceu no lugar dos Inácios de São João da Quintã ( Tocha ) em 1830; foi filho de Joaquim Gomes Sanheiro e de Isabel Francisca, do mesmo lugar dos Inácios; foi neto paterno de Ubaldo Gomes e de Maria Gomes, do lugar do Bracial da mesma freguesia; foi neto materno de avô incógnito e de Maria Francisca, solteira do lugar da Tocha. Os seus padrinhos foram Manuel, filho de Manuel Gomes Carvalheiro, e Nossa Senhora da Tocha, representada por Maria da Cruz, mulher de António Gomes dos Inácios. Foram testemunhas o mesmo Manuel Gomes Carvalheiro e José Francisco de Andrade, " ambos deste lugar da Tocha ". Não foi meu antepassado direto mas sim irmão da minha trisavó Luísa Gomes, também conhecida por Luísa Francisca / Luísa Francisca Gomes.
O nome
Sanheiro é pouco usual e poderá tratar-se de uma alcunha; o
Novo Dicionário de Língua Portuguesa, de
Cândido de Figueiredo ( 1813 ), atribui-lhe o significado de " nome que se dá ao marnoto (
trabalhador das salinas ), nas margens do Guadiana ", definição que é partilhada por dicionários mais recentes, podendo tratar-se de uma contração do nome
salineiro; de qualquer forma, parece remeter para a palavra
salinas, existentes quer na região da
Gândara, quer no rio
Guadiana. No entanto, não há certezas sobre a origem deste apelido.
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| Manuel, filho de Joaquim Gomes Sanheiro |
Em Fevereiro de 1859, Manuel Gomes Sanheiro, casou com Ana Azenha na Igreja de São Pedro, em Palmela; a partir do ano seguinte, e por um período superior a vinte anos, o casal irá ter uma numerosa descendência.
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| Manuel Gomes Sanheiro casou com Ana Azenha em 1859 |
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Ana, a primeira filha do casal, nasceu em 1860
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Manuel Gomes Sanheiro foi morador no lugar de
Fonte da Vaca ( presentemente, freguesia de Pinhal Novo ) onde nasceram todos os seus filhos; no entanto, alguns destes deslocaram-se, mais tarde, para a freguesia da
Marateca, conforme foi testemunhado à margem dos seus assentos de baptismo. Faleceu na
Fonte da vaca em
1890; segundo o seu assento de baptismo, tinha
60 anos de idade, e não
50, como é referido pelo pároco.
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| Manuel Gomes Sanheiro, morador da Fonte da Vaca, faleceu em 1890 |
4 comentários:
Boas!! Aqui Ricardo Pinto, Figueira da Foz.
O alcunha da minha familia aqui é os Sanheiros, o meu bisavó teve 14 filhos, dos quais a mais nova faleceu quando eu tinha 19 anos, tinha ela na altura 89! Poderá ter alguma coisa que ver com os Sanheiros que aqui falam?!
Bom dia, Ricardo Pinto! Sem uma investigação genealógica, não poderei comprovar essa hipótese mas posso afirmar que é muito provável existir uma ligação, em primeiro lugar porque algumas zonas do concelho da Figueira da Foz se enquadram na região gandaresa de onde são originários os meus antepassados; por outro lado, o vocábulo Sanheiro não é muito vulgar e também entre os meus era uma alcunha, que nalguns ramos familiares perdurou mas noutros desapareceu, mantendo-se apenas o apelido Gomes, que antecedia o nome Sanheiro. É frequente as alcunhas perdurarem durante gerações na memórias orais das famílias, mesmo quando não aparecem nos registos escritos, especialmente nas populações rurais. Muito obrigada pela importante informação partilhada!
È verdade que alguns descendentes de Manuel Gomes Sanheiro se deslocaram para a freguesia da Marateca, actualmente freguesia de Poceirão (Agrupamento das freguesias de Poceirão e Marateca) no concelho de Palmela. Não sei se algum deles ainda e vivo, mas viviam na localidade de Forninho.
Boa tarde. Não se deve eliminar a hipótese (quanto a mim a mais plausível) que este Sanheiro seja uma corruptela de "Sanguinheiro", neste caso originário da Sanguinheira, aldeia do antigo couto de Cadima. Creio ter encontrado nos registos da Tocha as duas formas (Sanheiro, Sanguinheiro), é uma questão de ir mais a fundo e ver se essa família tem antepassados que viveram na Sanguinheira.
Há outro caso aqui na região, onde Sanhal foi o nome de uma localidade, mas no entanto o nome verdadeiro era "Sanguinhal", mas o povo simplifica os nomes ;)
Cumprimentos,
Nuno Silva
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