domingo, 16 de agosto de 2015

Jorge Clemêncio, ? / Palmela, 1852

Jorge Clemêncio nasceu em local e data incertos, muito provavelmente no concelho de Montemor-o-Velho, tendo sido filho de pais incógnitos. Concretamente, sabe-se que antes de casar era morador no lugar de Ferrões, na freguesia de Arazede; terá sido criado por José Mendes, de quem adotou o apelido numa primeira fase da sua vida, e Maria dos Santos, informação que nos é revelada no registo de batismo do filho Joaquim, nascido em 1826. No entanto, ao chegar à região de Palmela passou a usar o apelido Clemêncio, o qual preveleceu até à sua morte, tendo sido também transmitido ao seu filho José.

Em 1820, casou com Maria Jorge na Igreja de Arazede e no ano seguinte nasceria a primeira filha do casal, MariaEm 1823 nasceu a segunda filha do casal, Joaquina, e em 1826Joaquim.

Casamento com Maria Jorge, em 1820

Posteriormente, nasceram Ana, José e Manuel. Este último, nascido em 1837, viria a falecer na Fonte da Vaca ( Pinhal Novo ), em 1845, o que significa que a família terá chegado a esta região entre 1837 e 1845. 

Joaquina, filha de Jorge Mendes Engeitado

Joaquim, filho de José Mendes e Maria Jorge,
neto paterno de José Mendes e Maria dos santos

É o registo de Joaquim que vem lançar luz sobre a origem do apelido Mendes, pois todas os outros documentos paroquiais identificam Jorge Mendes como filho de pais incógnitos, exposto ou enjeitado. Pelo contrário, neste registo, por desconhecimento ou por lapso do pároco, são identificados os seus pais, supostamente aqueles que o criaram, não os biológicos. Também neste registo, Jorge Mendes é identificado por José mas talvez não se deva a um lapso, afinal futuramente será também conhecido como José Jorge Clemêncio, desaparecendo o apelido que usou no passado.

Manuel, falecido em 1845, na Fonte da Vaca, Pinhal Novo

Jorge Clemêncio faleceu em 1852, tendo sido sepultado no Cemitério Público de Palmela. O seu filho José usou igualmente o apelido Clemêncio, no entanto desconhece-se a existência do mesmo na região, atualmente.

Jorge Clemêncio, meu 5º avô,  faleceu em 1852




quinta-feira, 30 de julho de 2015

António Domingues Macau ( Mira, 1821 / Palmela, 1884 )

António Domingues Macau nasceu na freguesia de São Tomé de Mira, no dia 15 de Março de 1821; os seus pais foram Manuel Domingues Macau e Ana Domingues, também naturais da mesma freguesia; foi neto paterno de Tomé Domingues Macau e de Maria dos Santos, da Rua da Corredoura; foi neto materno de Manuel da Silva Monteiro e de Custódia Domingues, da Rua do Marco da mesma freguesia. 

António Domingues Macau nasceu em 1821, na freguesia de Mira

Uma vez que o apelido Macau não consta no seu assento de batismo,  os registos dos seus irmãos, assim como o do casamento dos seus pais, foram fundamentais para dissipar eventuais dúvidas. Também o facto de a sua mãe ser posteriormente identificada como Ana Custódia ( o segundo nome era o da sua mãe, Custódia Domingues ) constitui uma prática muito comum entre as famílias da região. Por outro lado, as referências casuais ao sobrenome Macau nesta freguesia, restringem-se a uma única família e poderão sugerir que se tratava de uma alcunha.


Casamento de Manuel Domingues Macau e Ana Domingues, 
pais de António Domingues Macau, em 1808

O assento de Maria,  irmã mais velha de António Domingues, menciona o apelido Macau

Desconhece-se a data em que António Domingues Macau chegou à região de Setúbal; no entanto, em 1856 já se encontrava na zona,  tendo casado na Igreja de Palmela com Maria Gomes Nogueira, irmã do meu trisavô António Gomes Nogueira de Faria. Os 35 anos do noivo contrastavam com a juventude da noiva, que terá sido batizada em Sarilhos Grandes ( concelho de Montijo ), por volta de 1840 ( teria à volta de 16 anos na data do matrimónio ), ao contrário dos seus irmãos mais velhos, que nasceram na freguesia de Arazede ( concelho de Montemor-o-Velho ).

Casamento de António Domingues Macau e Maria Gomes Nogueira


A informação da sua morada surge apenas em 1859, quando foi testemunha dos casamentos dos seus dois cunhados, Manuel Teixeira de Faria e António Gomes Nogueira de Faria, realizados no mesmo dia. Ambas as certidões atestam que António Domingues era morador no sítio da Carregueira ( Pinhal Novo ).

No entanto, em 1865, já era morador no lugar da Cascalheira ( Pinhal Novo ), como comprova o assento de batismo do seu filho António.

António, filho de António Domingues Macau e de Maria Gomes Nogueira

António Domingues Macau desempenhou um papel fundamental no processo que conduziu à construção da Capela de São José, no Pinhal Novo, tendo assinado a escritura do terreno destinado à construção da mesma, juntamente com Adelino de Jesus e José Nogueira de Faria ( este último também seu cunhado ), em 1872. Faleceu em 1884, no lugar da Cascalheira ( Pinhal Novo ), onde era morador. Deixou filhos, alguns deles bastante jovens.

António Domingues Macau, falecido em 1884







quinta-feira, 23 de julho de 2015

José Jorge Delgadinho ( Cadima, 1842 / Montijo, 1881 )

José Jorge Delgadinho, também conhecido como José Vilão, nasceu em 1842 no lugar da Fervença, na freguesia de Cadima, filho do segundo matrimónio de Manuel Jorge Delgadinho, natural da Tocha, e de Maria da Costa; foi neto paterno de Manuel Jorge Delgadinho e de Mariana Jorge, da Tocha; foi neto materno de Manuel Cardoso e de Sebastiana da Costa, também da freguesia da Tocha ( embora o registo mencione Fervença, por lapso )

José Jorge Delgadinho, irmão do meu trisavô António Jorge Delgadinho

Com a idade de 12 anos já era orfão de ambos os pais; uma vez que três dos seus irmãos casaram na Igreja de Palmela entre 1855 e 1865, é provável que José Jorge Delgadinho  já se encontrasse nesta freguesia  nessa época. No entanto, a confirmação da sua morada, na Fonte da Vaca ( Pinhal Novo ), surge apenas no registo do seu matrimónio com Maria Jorge, em 1871.

Casamento com Maria Jorge, filha de José Berto e Maria Jorge

Embora o seu registo de óbito declare a existência de três filhos menores, apenas encontrámos os registos de dois deles, Maria, nascida em 1876, e Rosa, que nasceu em 1878 mas faleceu em 1881.


Maria, filha de José Jorge Delgadinho
José Jorge Delgadinho faleceu na enfermaria da Misericórdia da Aldeia Galega do Ribatejo ( Montijo ) em 1881. No registo do seu óbito somos confrontados com a sua alcunha, Vilão, a qual  é usada na família desde o século XVIII, tendo sobrevivido até aos dias de hoje.




José Jorge Delgadinho faleceu em 1881

Os registos de casamento e de óbito de José Jorge Delgadinho apresentam algumas incorreções, nomeadamente nos nomes dos indivíduos aí referidos. Tais erros são bastante frequentes nesta época e nos registos consultados. Frequentemente, através do cruzamento de dados, é possível apurar a verdade. Neste caso, o registo de casamento da viúva Maria Jorge, ocorrido quase três anos depois, confirma a data de falecimento do mesmo e confirma que o seu nome próprio é José, e não João,  como foi erroneamente identificado no assento de óbito.

" Maria Jorge, viúva de José Vilão, que também
 usava o nome de José Jorge Delgadinho "



domingo, 19 de julho de 2015

Isabel Francisca Tocha ( Tocha, ? / Palmela, 1879 )

Isabel Francisca, também conhecida por Isabel Tocha ou Isabel Francisca Tocha, nasceu no lugar da Tocha em data incerta, mas certamente entre 1796 e 1805, espaço temporal abrangido pela inexistência de registos paroquiais nessa freguesia. Em 1827 casou com Joaquim Gomes Sanheiro, filho de Ubaldo Gomes e Maria Gomes, do lugar dos Inácios, na Capela de Nossa Senhora da Tocha Segundo o registo de casamento, foi filha de Maria Francisca Tocha, do lugar da Tocha, e de pai incógnito.

Casamento de Isabel Francisca e Joaquim Gomes, meus quartos avós
Manuel, o seu primogénito, nasceu no início de 1830 no lugar dos Inácios, na freguesia da Tocha; a sua irmã Joaquina  ( segunda filha com este nome ) nascerá vinte depois, em 1850, no mesmo lugar.

Manuel, nascido em 1830
Joaquina, nascida em 1850
No Outono de 1855, faleceu Joaquim Gomes Sanheiro, e terá sido após a sua morte que a viúva Isabel Francisca, juntamente com os filhos, uns menores mas outros já jovens adultos, chega aos arredores de Pinhal Novo. Em 1859, contraíram matrimónio na Igreja de Palmela dois dos seus filhos; embora os registos de casamento não mencionem a morada da mãe, o assento do seu óbito vem confirmar que Isabel Francisca / Isabel Tocha vivia no lugar da Fonte da Vaca ( Pinhal Novo ), onde faleceu em 1879.

Isabel Francisca Tocha faleceu em 1879 na Fonte da Vaca














sábado, 18 de julho de 2015

José Carreira ( Cadima, 1817 / Palmela, 1850 )

José Carreira nasceu no lugar da Fervença, freguesia de Cadima, em 1817; os seus pais foram Francisco Carreira e Rozária dos Santos; foi neto paterno de Domingos Carreira e de Caetana Maria; foi neto materno de José dos Santos e Helena dos Ramos, da Fervença.

José Carreira, irmão do meu quarto avô Manuel Carreira
Desconhece-se a data precisa da sua chegada a esta região devido às lacunas existentes nos livros paroquiais de São Jorge de Sarilhos Grandes, onde terá casado com Antónia da Silva, filha de José Jorge e de Teresa da Silva, ambos naturais da freguesia de Quiaios, no concelho da Figueira da Foz. No entanto, o matrimónio terá ocorrido antes de 1842,  data de nascimento da sua filha Maria, o qual também se terá perdido, tendo sido repetido em 1859.

Maria, filha de José Carreira, batizada em Sarilhos Grandes em 1859

José Carreira foi também pai de Francisca, em 1845, e de Joaquina, em 1847; os padrinhos das duas crianças foram a sua tia materna, Francisca da Silva, e o seu marido, João Gaspar Caçoete, meus quartos avós.


Registos de batismo de Francisca e de Joaquina
José Carreira faleceu em 1850, tendo sido assassinado; é através do seu registo de óbito que obtemos a confirmação de que era morador no lugar da Carregueira. Foi sepultado no cemitério público da freguesia de Palmela.
José Carreira faleceu em 1850
Inexplicavelmente, no mesmo dia faleceu um outro morador do mesmo lugar da Carregueira, Joaquim Marques Marçalo, no entanto, perante este facto,  só poderemos fazer suposições.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Maria Jorge ( Arazede, 1797 / Palmela, 1860 )

Maria Jorge nasceu no lugar dos Pelicanos, na freguesia de Arazede, em 1797; foi filha de José Simões e de outra Maria Jorge; foi neta paterna de Gonçalo Simões, do mesmo lugar, e de Maria Gomes, natural dos Barrins da freguesia de Quintã ( Tocha ); foi neta materna de Manuel Jorge Duque, do mesmo lugar dos Barrins, e de Escolástica Rodrigues, do lugar dos Pelicanos.
Maria Jorge, minha 5ª avó, nasceu em 1797
Em 1820, casou com Jorge Mendes, também conhecido por Jorge Clemêncio, filho de pais incógnitos, na Igreja de Arazede; entre os seus vários descendentes inclui-se Maria Jorge, já referida nesta página. O último filho de que temos registo foi Manuel, o qual nasceu nos Pelicanos em 1837 e faleceu em 1845 na Fonte da Vaca ( Pinhal Novo ), tendo sido sepultado em Sarilhos Grandes, pois nesse tempo os seus pais eram paroquianos da igreja dessa freguesia; estes dados permitem-nos concluir que  Maria Jorge  chegou aos arredores de Pinhal Novo entre as duas datas atrás referidas.
registo de óbito de Manuel, prematuramente falecido
Maria Jorge, viúva desde 1852, faleceu em 1860, na " Fonte da Vaca, sítio desta freguesia de São Pedro de Palmela ", hoje pertencente à freguesia de Pinhal Novo.

Maria Jorge faleceu em 1860, na Fonte da Vaca

terça-feira, 30 de junho de 2015

José Ribeiro Quendera ( Berlengas -Tocha, 1843 / Pinhal Novo - Palmela, 1905 )

José Ribeiro Quendera nasceu no lugar das Berlengas, na freguesia da Tocha, em 1843. Foi filho de Joaquim Ribeiro, natural do mesmo lugar, e de Maria de Jesus, natural da Gesteira, freguesia de Cadima. Apesar de o seu pai ser filho de pai incógnito, tudo leva a crer que a identidade do seu pai era do conhecimento público, pois o pároco que batizou José identificou José dos Santos Lourenço como avô paterno da criança . embora refira que  " não ( é ) de legítimo matrimónio "; a sua avó paterna foi Bernarda da Cruz, também natural das Berlengas. Pela parte materna, foi neto de José Gonçalves Valente e Eufémia de Jesus, da Gesteira, freguesia de Cadima

José Ribeiro Quendera, irmão da minha trisavó Luísa de Jesus

Em Outubro de 1865 já era " morador na Fonte da Vaca ", tendo sido testemunha no casamento da sua irmã, Luísa de Jesus, na Igreja Paroquial de São Pedro, em Palmela. Casou no ano seguinte, na mesma igreja, com Brígida Gomes Nogueira, natural de Cadima. No registo de casamento é referida a estranha alcunha do seu pai ( " o Quinder " ), posteriormente grafada como  Quindera ou Quendera ( atualmente a grafia mais usada é a última ), sendo adotada por alguns dos seus filhos ( outros usarão o apelido Silvério, pelo qual a avó Bernarda da Cruz também era conhecida ).

Casamento de José Ribeiro com Brígida Gomes
Em 1877, José Ribeiro Quendera é citado no Inventário de Menores realizado por óbito do seu cunhado, António Jorge Delgadinho, tendo sido convocado para o conselho de família pelo Juízo de Direito ( Tribunal ) da Comarca de Setúbal. Um desses menores, José Jorge Delgadinho, também ficou conhecido como José Quendera, alcunha / apelido que se estendeu aos seus filhos.

conselho de família, anexo ao inventário de menores relativo
aos filhos de António Jorge Delgadinho e Luísa de Jesus

Em Outubro de 1884, José Ribeiro Quendera enviuvou de Brígida Gomes, a qual faleceu cinco dias após ter dado à luz dois filhos gémeos. Pouco tempo depois, iniciou uma relação conjugal com Maria da Cruz, igualmente viúva. Precisamente um ano depois do nascimento dos gémeos, nasceu Ana, a primeira filha desta relação, que só veio a ser oficializada em 1904, e da qual nasceram outros três filhos, todos legitimados com o posterior casamento dos pais.



António, segundo filho de José Ribeiro Quendera e Maria da Cruz


José Ribeiro Quendera, proprietário, casado em segundas núpcias com Maria da Cruz, faleceu na Fonte da Vaca - Pinhal Novo, em 1905, " tendo recebido os Sacramentos da Egreja "; deixou filhos maiores e menores.

José Ribeiro Quendera faleceu em 1905 na Fonte da Vaca